Centro Mundial de Numerofonia
Foi criado, no passado dia 12 de Julho, com a presença de várias entidades, o primeiro Centro Mundial de Numerofonia, plataforma de cruzamento de várias sensibilidades e finalidades, tais como, a divulgação da Numerofonia, como conceito multidisciplinar de abordagem do ensino da música e espaço para actos investigativos sobre a matéria. Duas experiências estão a ser implementadas, no 5º ano de escolaridade, nas Escolas Básica de Santa Marinha e de Canidelo. Pensa‐se que uma colaboração, mais alargada, poderá ser concretizada com a Gaianima, no âmbito da intervenção desta empresa municipal, na abordagem da matemática nos bairros sociais do concelho.
A Numerofonia de Aschero, sistema alternativo de codificação musical, baseia‐se na relação que existe entre os algarismos, as cores e as formas. Trata‐se de um sistema de escrita que utiliza as doze cores do prisma solar, correspondendo cada uma, a um som. A NUMEROFONIA é utilizada e praticada em alguns países, como Espanha e Itália (que a integram no quadro curricular do 1º ciclo), França, Brasil, Uruguai, tendo‐se revelado eficiente para o ensino de crianças a partir dos três anos de idade, reconhecendo simbologias simples iniciais, antes de se apresentar a representação numérica definitiva. Para a leitura de partituras, utilizado o sistema Numerofónico, apenas se exige o conhecimento de numerais, cores e tamanhos, conhecimentos estes, existentes em qualquer criança em idade escolar. Este sistema não foi criado para as pessoas portadores de deficiências, antes pelo contrário, como sistema inclusivo que é, destina‐se a todos, sem excepções. Como Sérgio Aschero explica “este sistema baseia‐se na ciência e tem como base a matemática, a óptica e a acústica, permitindo, assim, que a escrita seja entendida por todo o mundo”. Ao basear‐se nas cores e na matemática (geometria e aritmética), os símbolos do sistema são universais. E porque vivemos num mundo de analfabetos musicais – Aschero sustenta que só 5% da humanidade consegue ler música – havia que encontrar um sistema de escrita e leitura universais, destinados a todos, numa metodologia inclusiva. Assim o sistema Numerofónico é um sistema lógico que permite que todos, sem excepções, possam ler, escrever, interpretar e criar música, culta ou popular, incluindo adultos, adolescentes, crianças ou pessoas especiais, sem “ter que cair no absurdo dos bemóis, sustenidos, claves, ou tantos outros símbolos anacrónicos que integram o sistema de notação tradicional” (Sérgio Aschero). Afinal, os objectivos de Aschero foram os de melhorar a relação entre música e as pessoas.
Dada a importância do sistema Numerofónico de Aschero, a sua relevância quando trabalhado com crianças desde muito cedo e a sua pertinência no sentido do melhor apetrechamento de professores, pode constituir um primeiro passo para o desenvolvimento de uma cultura musical precoce e um modo de tornar a aprendizagem da gramática musical mais aliciante, mais fácil e acessível a todos, sem excepção. Portanto, trata‐se de um sistema inclusivo, de fácil compreensão e realização, de natureza sinestésica. A musicalização dos alunos torna‐se mais fácil, não literal e integrada, podendo este recurso desenvolver, mais facilmente, as competências comunicativa e expressiva, abordar o desenvolvimento das percepções e a consciência de si e do grupo. A Numerofonia constitui‐se numa ferramenta de privilégio, claramente, com vantagens em relação ao sistema tradicional de ensino de música, porque, também, permite, desde muito cedo, a aprendizagem da linguagem oral e a alfabetização matemática. Determinadas competências atitudinais, como a sociabilidade, a integração professor/aluno/escola, a valorização do ambiente escolar podem alterar‐se, porque serão apreendidas de um modo integrado e multidisciplinar, adquirindo dimensão expressiva. Mas também, competências técnicas como o desenvolvimento da motricidade, a identificação das cores, a memória rítmica, o cálculo métrico, ganham outra dimensão e declaram‐se disponíveis para serem potenciadas pela prática numerofónica.
Inserindo‐se, este ideal, nas finalidades da Orquestra Juvenil de Gaia, quando a definimos como de inclusão através da prática colectiva de música, Sérgio Aschero (doutor em musicologia e matemático) e Mirta Karp (musicóloga e investigadora) estiveram em Portugal e orientaram dois cursos sobre Numerofonia, deixando um lastro de considerações e preocupações sobre o seu sistema. Como sua consequência, tenta‐se a criação do primeiro Centro Mundial de Numerofonia, em Vila Nova de Gaia, junta da Orquestra Juvenil de Gaia, como pólo divulgador da Numerofonia e como Centro de Investigação, ideia que tem vindo a ser debatida com outros parceiros, nomeadamente, com a Autarquia de Gaia, Centro de Matemática da Universidade do Porto, Sociedade Portuguesa de Matemática, CIPEM, Escola Básica de Santa Marinha e a DREN.
Muitas são as finalidades que se desejam para a criação deste centro, tais como, a edição de materiais de apoio ao desenvolvimento do sistema, divulgação de tratados, métodos instrumentais, materiais didácticos; divulgação dos quadros musicais existentes, formados por numerofonias de grandes obras da história da música universal, criação de uma linha de instrumentos musicais adaptados à Numerofonia; colaboração estreita com outras áreas do saber, nomeadamente, a matemática e a expressão plástica; desenvolvimento de outros códigos, tais como, a tactofonia, ludofonia, naturofonia, pictofonia, calculofonia e sensofonia.
O próximo dia 22 de Novembro será estabelecido como o DIA INTERNACIONAL DA NUMEROFONIA, decorrendo uma videoconferência, para assinalar o evento, entre Argentina, Chile, Bolívia e Portugal
A Numerofonia de Aschero, sistema alternativo de codificação musical, baseia‐se na relação que existe entre os algarismos, as cores e as formas. Trata‐se de um sistema de escrita que utiliza as doze cores do prisma solar, correspondendo cada uma, a um som. A NUMEROFONIA é utilizada e praticada em alguns países, como Espanha e Itália (que a integram no quadro curricular do 1º ciclo), França, Brasil, Uruguai, tendo‐se revelado eficiente para o ensino de crianças a partir dos três anos de idade, reconhecendo simbologias simples iniciais, antes de se apresentar a representação numérica definitiva. Para a leitura de partituras, utilizado o sistema Numerofónico, apenas se exige o conhecimento de numerais, cores e tamanhos, conhecimentos estes, existentes em qualquer criança em idade escolar. Este sistema não foi criado para as pessoas portadores de deficiências, antes pelo contrário, como sistema inclusivo que é, destina‐se a todos, sem excepções. Como Sérgio Aschero explica “este sistema baseia‐se na ciência e tem como base a matemática, a óptica e a acústica, permitindo, assim, que a escrita seja entendida por todo o mundo”. Ao basear‐se nas cores e na matemática (geometria e aritmética), os símbolos do sistema são universais. E porque vivemos num mundo de analfabetos musicais – Aschero sustenta que só 5% da humanidade consegue ler música – havia que encontrar um sistema de escrita e leitura universais, destinados a todos, numa metodologia inclusiva. Assim o sistema Numerofónico é um sistema lógico que permite que todos, sem excepções, possam ler, escrever, interpretar e criar música, culta ou popular, incluindo adultos, adolescentes, crianças ou pessoas especiais, sem “ter que cair no absurdo dos bemóis, sustenidos, claves, ou tantos outros símbolos anacrónicos que integram o sistema de notação tradicional” (Sérgio Aschero). Afinal, os objectivos de Aschero foram os de melhorar a relação entre música e as pessoas.
Dada a importância do sistema Numerofónico de Aschero, a sua relevância quando trabalhado com crianças desde muito cedo e a sua pertinência no sentido do melhor apetrechamento de professores, pode constituir um primeiro passo para o desenvolvimento de uma cultura musical precoce e um modo de tornar a aprendizagem da gramática musical mais aliciante, mais fácil e acessível a todos, sem excepção. Portanto, trata‐se de um sistema inclusivo, de fácil compreensão e realização, de natureza sinestésica. A musicalização dos alunos torna‐se mais fácil, não literal e integrada, podendo este recurso desenvolver, mais facilmente, as competências comunicativa e expressiva, abordar o desenvolvimento das percepções e a consciência de si e do grupo. A Numerofonia constitui‐se numa ferramenta de privilégio, claramente, com vantagens em relação ao sistema tradicional de ensino de música, porque, também, permite, desde muito cedo, a aprendizagem da linguagem oral e a alfabetização matemática. Determinadas competências atitudinais, como a sociabilidade, a integração professor/aluno/escola, a valorização do ambiente escolar podem alterar‐se, porque serão apreendidas de um modo integrado e multidisciplinar, adquirindo dimensão expressiva. Mas também, competências técnicas como o desenvolvimento da motricidade, a identificação das cores, a memória rítmica, o cálculo métrico, ganham outra dimensão e declaram‐se disponíveis para serem potenciadas pela prática numerofónica.
Inserindo‐se, este ideal, nas finalidades da Orquestra Juvenil de Gaia, quando a definimos como de inclusão através da prática colectiva de música, Sérgio Aschero (doutor em musicologia e matemático) e Mirta Karp (musicóloga e investigadora) estiveram em Portugal e orientaram dois cursos sobre Numerofonia, deixando um lastro de considerações e preocupações sobre o seu sistema. Como sua consequência, tenta‐se a criação do primeiro Centro Mundial de Numerofonia, em Vila Nova de Gaia, junta da Orquestra Juvenil de Gaia, como pólo divulgador da Numerofonia e como Centro de Investigação, ideia que tem vindo a ser debatida com outros parceiros, nomeadamente, com a Autarquia de Gaia, Centro de Matemática da Universidade do Porto, Sociedade Portuguesa de Matemática, CIPEM, Escola Básica de Santa Marinha e a DREN.
Muitas são as finalidades que se desejam para a criação deste centro, tais como, a edição de materiais de apoio ao desenvolvimento do sistema, divulgação de tratados, métodos instrumentais, materiais didácticos; divulgação dos quadros musicais existentes, formados por numerofonias de grandes obras da história da música universal, criação de uma linha de instrumentos musicais adaptados à Numerofonia; colaboração estreita com outras áreas do saber, nomeadamente, a matemática e a expressão plástica; desenvolvimento de outros códigos, tais como, a tactofonia, ludofonia, naturofonia, pictofonia, calculofonia e sensofonia.
O próximo dia 22 de Novembro será estabelecido como o DIA INTERNACIONAL DA NUMEROFONIA, decorrendo uma videoconferência, para assinalar o evento, entre Argentina, Chile, Bolívia e Portugal